quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

“Esteja preparado para as oportunidades, porque elas aparecem e eu sou testemunha disso”

Narrador comenta que sempre esteve pronto para novos desafios

Bachin em 2015 completou 35 anos de profissão

AM: O futebol do interior passa por um momento delicado, com clubes tradicionais fechando as portas e em situações muito delicadas. Como você avalia a situação do União Barbarense?
BJ: Digamos assim, hoje é um mal necessário, o clube não tem capacidade de tocar o futebol sozinho, ele precisa de parceiros e buscar estes investidores é uma loteria, às vezes dar certo outras não. O União após o acesso a primeira divisão em 1998, passado alguns anos, estava perdendo o folego de manter-se sozinho nas conduções de suas equipes e buscou uma famigerada parceria com uma empresa estrangeira. Esta parceria praticamente quebrou o clube, quase o levou a falência, se não fosse abnegados empresários da cidade, o clube já não existiria mais.

Os clubes que estão na primeira divisão, tem uma situação mais cômoda por conta das cotas de televisão. Hoje a televisão é a grande mantenedora dos grandes clubes que recebem uma fortuna e também dos clubes menores que conseguem com esta verba montarem seus elencos e manterem os times para a temporada, mas no interior é muito difícil, rendas estão cada vez menores e então se não há parceiras e o dinheiro do investidor, automaticamente e paulatinamente os clubes vão deixando de existir.

AM: A torcida brasileira está muito descrente com a seleção após o fiasco da copa. Você acredita que a ferida que foi aberta com os 7 a 1 será cicatrizada logo ou continuará por muito tempo?
BJ: O torcedor é muito passional, emocional, ao mesmo tempo em que ele vaia, um gol muda tudo e ele começa a incentivar, apoiar, eu acho que faz parte do sentimento do torcedor nas arquibancadas, ou na televisão. Acredito que esta ferida só vai fechar quando o Brasil voltar a conquistar alguma coisa. Como a derrota da copa de 50 no Maracanã, os 7 a 1 no Mineirão jamais será esquecido. 

Se o torcedor hoje está descrente, acredito que ele tenha motivos, falta muito crédito a seleção, haja vista o comportamento do time até agora nessa fase inicial das eliminatórias para a próxima Copa. Que o Brasil vai se classificar, eu não tenho duvida, mas a minha grande dúvida é como o Brasil chegara a esta competição. Particularmente, acredito que o Dunga tenha vida curta no comando da seleção do brasil. Esses resultados não consistentes podem levar a uma troca de comando quando estivermos perto da copa de 2018. 

AM: Qual sua opinião sobre a não obrigatoriedade do diploma para exercer a função de jornalista?
BJ: Deveria sim ter a obrigatoriedade do diploma para exercer a função de jornalista. Por exemplo, o engenheiro não pode ser engenheiro se não cursar a faculdade e obter o diploma, mesma coisa é o médico, o dentista, o professor e assim por diante. Por que não se exigir a obrigatoriedade de um jornalista, que tem um poder muito grande em suas mãos. A imprensa é o quarto poder do mundo, portanto, não se pode conceber que uma pessoa despreparada possa estar exercendo a função e trabalhando com uma informação que pode mudar uma situação. 

Estando oficialmente apto a exercer aquela função, o jornalista está naturalmente sujeito a uma politica de salários mais justa, em não sendo acaba ficando a mercê dos donos de veículos de comunicação que talvez resida neles o interesse dá não obrigatoriedade.
O importante é que o jornalista passe por uma universidade na área de comunicação social, confesso que aprendi muito e se não tivesse seguido a profissão de jornalista, eu teria sido muito feliz por tudo aquilo que aprendi nos quatros anos que passei nas cadeiras da universidade, foi um divisor de agias na minha vida. A área da comunicação abre a cabeça do cidadão, faz você enxergar a noticia do outro lado e isso é fundamental na vida de cada um.

AM: Qual o seu hobby quando não esta trabalhando? 
BJ: Hoje eu tenho até um relativo tempo livre, por que até eu chegar onde estou, trabalhava de segunda a sexta ou domingo a domingo, porque o jornalista não tem dia nem hora, quem trabalha nesta profissão são 24 por dia, 30 dias por mês e 365 dias por ano.
 
 Quando não está trabalhando, seu hobby é cozinhar
Hoje, no meu tempo livre basicamente gosto muito de cozinhar, estudo bastante gastronomia e como sou um perna de pau, busco no tênis uma forma de atividade física, de relaxar e de saúde.      
     
AM: Um conselho pra quem quer ser jornalista?
BJ: Leia bastante, isso é fundamental, todo jornalista precisa estar ciente de tudo aquilo que o cerca, está a sua volta. Se já no inicio da faculdade vislumbrar qual área quer atuar, dedique se mais a ela, procure saber tudo a respeito. Se for o esporte, saiba de todas as noticias e de todas as informações e aproveite as oportunidades que a vida oferece. 


"Esteja preparado para as oportunidades, por que elas aparecem e eu sou testemunha disso"

A questão do estágio, hoje é muito mais real que antigamente. Há uma amplitude de veículos de comunicação, na minha época era o jornal, o rádio e dificilmente a televisão porque era poucas emissoras, poucas vagas. Esteja preparado para as oportunidades, por que elas aparecem e eu sou testemunha disso, muitas vezes de maneira inusitada. “se você não tiver suficientemente preparado para quando a chance surgir, talvez a próxima demore um pouco ou nem apareça”, finaliza Bachin.

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