terça-feira, 26 de maio de 2015

O Jornalismo Reiventado através da Multimídia





Está num passado cada vez mais distante, a utilização de jornais impressos, revistas, rádios e televisão, como a maneira mais fácil e ágil de se transmitir informações nos dias atuais, Com a tecnologia cada dia mais avançada e presente na sociedade, o uso da multimídia tornou-se necessária e essencial. As pessoas necessitam saber de maneira instantânea tudo o que acontece ao seu redor e não necessitam chegar a casa para ver no telejornal ou mesmo no dia seguinte quando a versão impressa de qualquer jornal será entregue na sua residência.  

 Para entender melhor esse fenômeno chamado “Multimídia” é preciso voltar um pouco no tempo e saber que o primeiro computador surgiu no ano de 1944 na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos, sendo estes, os países pioneiros desta nova tecnologia. Tecnologia esta que pesava cerca de 4,5 toneladas.  

Mas somente o computador não seria capaz de transformar a informação que era dada de maneira convencional (jornais impressos, rádios, tv, etc.) na nova tendência da informação online. Era preciso algum incremento capaz de enviar uma informação através destes computadores a lugares mais distantes em poucos segundos.

Foi então que em 1970, surgiu a Internet, ferramenta que iria revolucionar não somente a informação diária, mas como a sociedade em geral. Seu grande impulso na sociedade só foi percebido em 1990. Neste ano, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide Web, possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. 

 Era um caminho sem volta e a Internet cresceu em ritmo acelerado. Com toda essa revolução tecnológica, grandes empresas e conglomerados da indústria eletrônica tinham encontrado “literalmente” a mina de ouro, que resultariam em gigantescos lucros, e esses faturamentos foram essenciais para o setor crescer e gerar esta grande avalanche, vista no século de 21, de telefones celulares, tabletes, notebooks, entre tantas outras coisas.

 Algo que precisa ficar bem explicado é que toda esta mudança baseia se também no barateamento dos aparelhos tecnológicos. Não seria possível ter quase metade da população brasileira conectada e disposta a seguir a nova tendência das mídias sociais com os aparelhos sendo vendidos a altos preços e fora da realidade e do orçamento de grande parte daqueles que iriam comprar estes aparelhos.


Segundo dados da Pesquisa Brasileira de Mídia 2015, 48% da população brasileira buscam informações através da internet, e foi nesta tendência que surgiu à comunicação no Mundo Virtual, ou seja, a informação sendo transmitida através do sistema multimídia. Em 28 de maio de 1995, no Rio de janeiro através do Jornal do Brasil surgiu a primeira versão de jornalismo online com a disponibilização de todo seu conteúdo também na internet, através do JB Online. A versão impressa foi encerrada em 2010. 

Atualmente, todos os grandes jornais do Brasil contam também com uma versão online que disponibiliza a seus leitores praticamente todas as noticias (mesmo que de forma mais resumida) que estarão nas paginas impressas do dia seguinte. 

Esta mudança no jornalismo Mundial e consequentemente brasileiro gera muita polêmica e é tema de longos e extensivos debates sobre o quanto esta nova ferramenta pode acabar com a credibilidade da profissão, pois segundos vários defensores do modelo tradicional, a perda de qualidade será sentida 
ao decorrer do tempo. Uma das pessoas que mais criticam esta nova tendência é a jornalista LuciaGuimarães que ao compartilhar as informações que foram expostas no começo desta resenha declarou:


 “Assim como queimamos a etapa da leitura nos anos 60, passamos do vasto analfabetismo para um sistema sofisticado de TV que uniu o país (…), não vamos migrar para plataformas de jornalismo digital abrangente. Jornalismo, não importa se de papel, ou digital, é um pilar da democracia. Vamos passar direto ao desmonte da experiência da informação consequente”.

“No momento em que a mídia no Brasil e nos EUA (New York Times a vários outros a bordo) considera ceder grande parte de sua independência à plataforma do Facebook (saem os links, Facebook vira o anfitrião do conteúdo jornalístico, controla o tráfego), as consequências, no caso do Brasil, são especialmente assustadoras. Já temos uma geração pouco educada e não leitora chegando à idade adulta convencida de que se informar é circular por aqui [pelo Facebook]”.

                                  

A grande verdade é que após 20 anos da sua invenção, o jornalismo online ainda encontra dificuldades com a credibilidade da noticia que é transmitida através das diversas plataformas existentes no Mundo virtual e assim sendo gera um grande debate sobre a confiabilidade desta ferramenta. Segundo dados da mesma pesquisa, 71%, 69% e 67% respectivamente dos entrevistados disseram confiar pouco ou nada nas notícias veiculadas nas redes sociais, blogs e sites.

Esse grande “problema” é gerado principalmente pela desconfiança dos seus leitores como os erros cometidos por diversos veículos jornalísticos online, ou outras fontes de informação, seja dos grandes aos pequenos, ao longo dessas duas décadas. Erros sobre a morte de pessoas proeminentes (quem não se lembra dos casos Romeu Tuma e Steve Jobs?) e casos de reprodução de notícias falsas (como o Alzheimer do ator Jack Nicholson, só para ficar num acontecimento recente) são apenas alguns exemplos que reforçam a desconfiança dos leitores. 

Toda esta falta de credibilidade e controle do que é postado diariamente na internet fez surgir ao longo destas duas décadas, sites como o E-farsas, criado em 2002 pelo ex-pedreiro e hoje analista de sistemas Gilmar Henrique Lopes com o intuito de desmistificar histórias que circulam na internet. Em 2011, com o sucesso alcançado (200 mil visitas semanais), o site foi incorporado pelo portal R7.

Mas o sistema Multimídia não abrange somente as versões online de tradicionais meios de comunicação e portais de noticias, outras plataformas começaram a surgir e buscar também seu espaço na rede. Milhões de pessoas todos os dias ao ligar seu computador ou desbloquear a tela do seu smartphone ou tablet, entram nas chamadas redes sociais que transmitem uma quantidade absurda de informação sem a necessidade na grande maioria das vezes do autor se “responsabilizar” por seus atos, ou ainda se vê no direito de permanecer no anonimato.
Segundo a Pesquisa Brasileira de Mídia 2015, dos 48% dos brasileiros que usam a internet, 92% estão conectados por meio destas redes sociais, ou seja, numa fonte não confiável de informação, sendo que as mais utilizadas são o Facebook (83%), o Whatsapp (58%) e o Youtube (17%).

Através do uso das redes sociais, qualquer indivíduo, passa a ter o direito de criar, recriar e transmitir e receber uma informação em tempo real, com a utilização de diversos formatos e modulações, para qualquer lugar do planeta, gerando com isto uma grande mudança na sociedade contemporânea.
Outra ferramenta importante é o “Snapchat”. Um aplicativo inteligente e que seu grande sucesso está na proposta de reinventar a chamada telefônica no mundo da comunicação móvel. 

As notícias são fornecidas por jornais, revistas e canais de TV consolidados, como MTV, CNN e National Geographic. Cada matéria é formatada especialmente para dispositivos móveis e diagramada verticalmente para o telefone. Este serviço combina texto, imagem, vídeo e desenho, ou seja, é extremamente a Multimídia a serviço da noticia e da sociedade.

O jornalismo atual realmente precisa da Multimídia. Necessita de todo o avanço tecnológico que ela oferece tanto para os profissionais escreverem e publicar suas matérias, como para os leitores que tem a sua agenda cada vez mais lotada e não pode ficar duas ou três horas por dia sentado numa cadeira para ler um jornal do dia anterior e ai sim saber o que acontece ao seu redor.

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