Está num passado cada vez mais distante, a utilização de jornais impressos,
revistas, rádios e televisão, como a maneira mais fácil e ágil de se transmitir
informações nos dias atuais, Com a tecnologia cada dia mais avançada e presente
na sociedade, o uso da multimídia tornou-se necessária e essencial. As pessoas
necessitam saber de maneira instantânea tudo o que acontece ao seu redor e não necessitam
chegar a casa para ver no telejornal ou mesmo no dia seguinte quando a versão
impressa de qualquer jornal será entregue na sua residência.
Para entender
melhor esse fenômeno chamado “Multimídia” é preciso voltar um pouco no tempo e
saber que o primeiro computador surgiu no ano de 1944 na Alemanha, Inglaterra e
Estados Unidos, sendo estes, os países pioneiros desta nova tecnologia. Tecnologia
esta que pesava cerca de 4,5 toneladas.
Mas somente o computador não seria capaz de
transformar a informação que era dada de maneira convencional (jornais
impressos, rádios, tv, etc.) na nova tendência da informação online. Era
preciso algum incremento capaz de enviar uma informação através destes
computadores a lugares mais distantes em poucos segundos.
Foi então que em 1970, surgiu a Internet, ferramenta
que iria revolucionar não somente a informação diária, mas como a sociedade em geral.
Seu grande impulso na sociedade só foi percebido em 1990. Neste ano, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee
desenvolveu a World Wide Web, possibilitando a utilização de uma interface
gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes.
Era um caminho sem volta e a Internet
cresceu em ritmo acelerado. Com toda essa revolução tecnológica, grandes empresas e conglomerados da indústria eletrônica
tinham encontrado “literalmente” a mina de ouro, que resultariam em gigantescos
lucros, e esses faturamentos foram essenciais para o setor crescer e gerar esta
grande avalanche, vista no século de 21, de telefones celulares, tabletes, notebooks, entre
tantas outras coisas.
Algo que
precisa ficar bem explicado é que toda esta mudança baseia se também no
barateamento dos aparelhos tecnológicos. Não seria possível ter quase metade da
população brasileira conectada e disposta a seguir a nova tendência das mídias
sociais com os aparelhos sendo vendidos a altos preços e fora da realidade e do
orçamento de grande parte daqueles que iriam comprar estes aparelhos.
Segundo dados da Pesquisa Brasileira de Mídia 2015,
48% da população brasileira buscam informações através da internet, e foi nesta
tendência que surgiu à comunicação no Mundo Virtual, ou seja, a informação
sendo transmitida através do sistema multimídia. Em 28 de maio de 1995, no Rio de janeiro através do
Jornal do Brasil surgiu a primeira versão de jornalismo online com a disponibilização
de todo seu conteúdo também na internet, através do JB Online. A versão
impressa foi encerrada em 2010.
Atualmente, todos os grandes jornais do Brasil contam também com uma
versão online que disponibiliza a seus leitores praticamente todas as noticias
(mesmo que de forma mais resumida) que estarão nas paginas impressas do dia
seguinte.
Esta
mudança no jornalismo Mundial e consequentemente brasileiro gera muita polêmica
e é tema de longos e extensivos debates sobre o quanto esta nova ferramenta
pode acabar com a credibilidade da profissão, pois segundos vários defensores
do modelo tradicional, a perda de qualidade será sentida
ao decorrer do tempo.
Uma das pessoas que mais criticam esta nova tendência é a jornalista LuciaGuimarães que ao compartilhar as informações que foram expostas no começo desta
resenha declarou:“Assim como queimamos a etapa da leitura nos anos 60, passamos do vasto analfabetismo para um sistema sofisticado de TV que uniu o país (…), não vamos migrar para plataformas de jornalismo digital abrangente. Jornalismo, não importa se de papel, ou digital, é um pilar da democracia. Vamos passar direto ao desmonte da experiência da informação consequente”.
“No momento em que a mídia no Brasil e nos EUA (New York Times a vários outros a bordo) considera ceder grande parte de sua independência à plataforma do Facebook (saem os links, Facebook vira o anfitrião do conteúdo jornalístico, controla o tráfego), as consequências, no caso do Brasil, são especialmente assustadoras. Já temos uma geração pouco educada e não leitora chegando à idade adulta convencida de que se informar é circular por aqui [pelo Facebook]”.
A grande verdade é que após 20 anos da sua invenção, o jornalismo online
ainda encontra dificuldades com a credibilidade da noticia que é transmitida
através das diversas plataformas existentes no Mundo virtual e assim sendo gera
um grande debate sobre a confiabilidade desta ferramenta. Segundo dados da mesma
pesquisa, 71%, 69% e 67%
respectivamente dos entrevistados disseram confiar pouco ou nada nas notícias
veiculadas nas redes sociais, blogs e sites.
Esse grande “problema” é gerado principalmente pela desconfiança dos seus leitores como os erros cometidos por diversos
veículos jornalísticos online, ou outras fontes de informação, seja dos grandes
aos pequenos, ao longo dessas duas décadas. Erros sobre a morte de pessoas
proeminentes (quem não se lembra dos casos Romeu Tuma e Steve Jobs?) e casos de
reprodução de notícias falsas (como o Alzheimer do ator Jack Nicholson, só para
ficar num acontecimento recente) são apenas alguns exemplos que reforçam a
desconfiança dos leitores.
Toda esta falta de credibilidade e controle do que é
postado diariamente na internet fez surgir ao longo destas duas décadas, sites
como o E-farsas, criado em 2002 pelo ex-pedreiro e hoje analista de sistemas
Gilmar Henrique Lopes com o intuito de desmistificar histórias que circulam na
internet. Em 2011, com o sucesso alcançado (200 mil visitas semanais), o site foi
incorporado pelo portal R7.
Mas o sistema Multimídia não abrange somente as
versões online de tradicionais meios de comunicação e portais de noticias, outras
plataformas começaram a surgir e buscar também seu espaço na rede. Milhões de
pessoas todos os dias ao ligar seu computador ou desbloquear a tela do seu
smartphone ou tablet, entram nas chamadas redes sociais que transmitem uma
quantidade absurda de informação sem a necessidade na grande maioria das vezes
do autor se “responsabilizar” por seus atos, ou ainda se vê no direito de
permanecer no anonimato.
Segundo a Pesquisa
Brasileira de Mídia 2015, dos 48% dos brasileiros que usam a internet, 92%
estão conectados por meio destas redes sociais, ou seja, numa fonte não confiável
de informação, sendo que as mais utilizadas são o Facebook (83%), o Whatsapp
(58%) e o Youtube (17%).
Através do uso das redes sociais, qualquer indivíduo,
passa a ter o direito de criar, recriar e transmitir e receber uma informação
em tempo real, com a utilização de diversos formatos e modulações, para
qualquer lugar do planeta, gerando com isto uma grande mudança na sociedade
contemporânea.
Outra ferramenta importante é o “Snapchat”. Um
aplicativo inteligente e que seu grande sucesso está na proposta de reinventar
a chamada telefônica no mundo da comunicação móvel.
As notícias são fornecidas por jornais, revistas e
canais de TV consolidados, como MTV, CNN e National Geographic.
Cada matéria é formatada especialmente para dispositivos móveis e diagramada
verticalmente para o telefone. Este serviço combina texto, imagem, vídeo e
desenho, ou seja, é extremamente a Multimídia a serviço da noticia e da
sociedade.
O jornalismo atual realmente precisa da Multimídia. Necessita
de todo o avanço tecnológico que ela oferece tanto para os profissionais escreverem
e publicar suas matérias, como para os leitores que tem a sua agenda cada vez
mais lotada e não pode ficar duas ou três horas por dia sentado numa cadeira
para ler um jornal do dia anterior e ai sim saber o que acontece ao seu redor.
Mas esta nova realidade também exige um necessário entendimento
do uso desta tecnologia. O governo e a sociedade precisam combater com firmeza as
pessoas que usam esta ferramenta para denegrir a imagem de inocentes que
certamente trará trágicas consequências para estas pessoas.
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