Faz tempo que as pessoas buscam informações cada vez mais rápidas e não
querem esperar o dia seguinte para ler nos tradicionais jornais impressos
aquilo que lhe é interessante, seja na sua cidade ou em qualquer lugar do Mundo.
Todo este avanço faz surgir a cada dia através do sistema Multimídia novas e
atrativas ferramentas que buscam prender á atenção do seu leitor.
O fim próximo do ciclo tradicional de notícias é a chave para se
entender todo o fenômeno do jornalismo explicativo. A internet eliminou as
análises tardias sobre as notícias do dia anterior. Hoje, o Mundo é dividido em
dois tipos de jornalismo? Um factual que responde ao questionário de um simples
lead: “quem, o quê, quando e onde”, e outro explicativo, que responde ao “como
e por quê”?
O surgimento do jornalismo explicativo aconteceu também devido a
inserção no meio jornalístico do sistema Multimídia com a utilização de
infográficos principalmente na web através de versões online de jornais, blogs
e portais que buscam através de estatísticas ajudarem ao publico a entender
melhor as noticias a partir de análises, gráficos e outros recursos – diversos
temas e notícias. O chamado jornalismo explicativo (no inglês, explanatory
journalism)
O primeiro infográfico surgiu em 2008, quando o jornalista americano
Nate Silver colocou na rede a versão online Five Thirty (blog com analises
sobre economia, politica e esporte) que acabou gerando grande repercussão e
destaque nos EUA durante as eleições presidenciais norte-americanas, com o
jornalista usando este espaço na web para disponibilizar a seus leitores
diversas opiniões sobre os candidatos e dados relevantes sobre eles.
Com o sucesso alcançado por Nate, grandes jornais mundiais como The
Guardian(ING), Washington Post (EUA) e o The New York Times aderiram a esta nova “moda” e também criaram
seus “Players” digitais sempre com reportagens explicativas e baseadas em
dados.
Esta ferramenta de trabalho no
mundo jornalístico provavelmente fará com que jornalistas que estão se formando
já nesta nova tendência tenham a habilidade necessária para produzir este
tipo de reportagem, com isto se diferenciando daqueles que ainda vivem das máquinas
de escrever e não se preocupam em atualizar seus aprendizados e entender como a
chegada da multimídia no mundo moderno não permite acomodações.
Estaríamos
presenciando uma tendência? Áreas e temas como jornalismo visual, data
journalism, big data e afins nunca estiveram tão em evidência. Da mesma forma,
nunca se teve tantos hackathons como agora, com jornalistas se juntando a
programadores e outros profissionais para criarem novas formas de storytelling
ou de usar dados e gráficos a favor do jornalismo.
Certamente,
esses novos “players” só são possíveis devido a Multimídia e todo o avanço que
esta ferramenta trouxe a sociedade, seja para as pessoas mais simples que
necessitam “apenas” de um celular para sobreviver na loucura virtual das redes
sociais, seja para os grandes profissionais que usam este sistema para fazer negócios
e estarem conectados 24 horas por dia em busca de novas oportunidades de
crescimento na sua empresa ou mesmo na vida particular.
Teria
como o jornalismo sobreviver nos dias atuais sem esta nova tendência? Creio que
não, pois acredito que o Jornalismo assim como todas as profissões passa por
transformações diárias e esta tendência não tem como ser alterada. Ir contra o
avanço tecnológico e excluir a multimídia da informação, é como fazer uma
vitamina e não acrescentar na receita o leite, e mesmo sem um dos ingredientes principais
querer que a vitamina possa está deliciosa para ser degustada.
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